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Prossegue sequestro em MG que já dura mais de 6 dias

Por ALINE RESKALLA
Atualização:

Após mais um dia de buscas sem sucesso pelo cativeiro da adolescente Sarita Marques Batista, 14, em São Roque de Minas, a Polícia Civil de Minas Gerais adotou o silêncio como estratégia para tentar preservar a vida da filha do ex-prefeito do município, Antônio Batista Sobrinho, de 80 anos. Ela foi sequestrada na última sexta-feira, dia 30, pelo primo distante Lindair Marques, de 32 anos, que tem várias passagens pela polícia por furtos na região e está em liberdade condicional."Estamos fazendo de tudo para tentar localizar o cativeiro. Mas agora nossas incursões serão mais sigilosas, para evitar que o sequestrador cumpra sua promessa de matar a estudante caso a polícia mantenha o cerco", disse um dos chefes da Polícia Civil mineira, que pediu para não ser identificado porque a orientação oficial é que ninguém dê entrevistas.Segundo ele, por esse motivo os sobrevoos da mata que cerca o município com helicópteros foram suspensos. "O momento é de paciência, tanto para a polícia quanto para a família", disse a fonte. A autoridade afirmou ainda que as buscas continuariam durante a noite desta quinta-feira. "Nossa grande dificuldade é que procuramos um fugitivo que, apesar de aparentar problemas psicológicos, conhece bem a mata", acrescentou. As buscas são feitas em um raio de 200 quilômetros quadrados de floresta fechada.Nas proximidades onde moradores relataram ter ouvido tiros na tarde desta quinta-feira, na zona rural de São Roque, nada foi encontrado. As operações de busca estão sob o comando do Departamento de Operações Especiais (Deoesp). Desde o início da semana, a Polícia Militar foi afastada do caso, de acordo com o sargento Júlio Cesar Costa, lotado no pelotão de São Roque de Minas. "Nossa missão no momento é dar apoio e cuidar do policiamento local. Toda a operação está a cargo do Deoesp", afirmou.Lindair sequestrou a garota ao pedir ajuda na fazenda da família da vítima, após passar vários dias foragido na mata devido a acusações de furtos no município. A mãe de Sarita chegou a servir uma refeição para o suspeito, que depois amarrou a família e, antes de fugir com a jovem, disse que queria R$ 20 mil e entraria em contato para indicar como seria pago o resgate.

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