04 de junho de 2013 | 13h25
O protesto começou às 8h30. Cerca de 200 estudantes, reunidos na frente do campus, seguiram para a Avenida Paralela, a mais movimentada da cidade, e interromperam o tráfego em um dos sentidos. Eles reivindicam o pagamento dos salários atrasados dos professores e melhorias nas condições de ensino do curso.
Chamada ao local para tentar desobstruir a via, a Polícia Militar passou a negociar com os manifestantes a liberação de duas das quatro faixas da avenida, mas os estudantes liberaram apenas uma. Segundo a PM, também foi sugerido que a manifestação fosse feita no canteiro central da avenida, o que foi negado. O reforço da Tropa de Choque foi chamado.
Segundo os estudantes, não houve mais negociações. "Eles (integrantes da tropa) chegaram atirando balas de borracha e bombas de efeito moral contra a gente, não teve conversa", conta a estudante Priscila Pereira. Com o ataque, os estudantes fugiram da avenida e a pista foi rapidamente liberada.
Dois estudantes foram atingidos por balas de borracha e dois sofreram escoriações ao cair. Eles foram atendidos por ambulâncias do Samu que foram ao local. Nenhum deles teve ferimentos graves. Outros quatro alunos passaram mal com a confusão e precisaram de atendimento.
Segundo a Polícia Militar, já havia a determinação de que eventuais protestos dos alunos da instituição não poderiam interromper o fluxo de veículos da avenida. "Já tínhamos realizado reuniões com eles sobre esse tema e ficou estabelecido que as ações desse tipo teriam de ficar restritas à via que dá acesso à faculdade, paralela à avenida", conta o major César Castro, que comandou a ação. "Não temos interesse nesse tipo de intervenção, mas tentamos a negociação e não tivemos sucesso."
Em nota, a PM informou que teve de agir rapidamente para liberar a pista, já que as negociações não avançaram. A FTC informou que um grupo de estudantes foi recebido pela direção da faculdade, que se comprometeu a pagar os salários de abril até o fim da semana.
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