Protesto do MST fecha Rodovia Anhangüera, em São Paulo

Rodovia ficou bloqueada por cerca de uma hora; protesto era contra despejo que resultou em três feridos

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Por BRÁS HENRIQUE
Atualização:

Entre 150 e 200 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) obstruíram hoje a passagem de veículos entre os quilômetros 312 e 314 da Rodovia Anhangüera, em Ribeirão Preto (SP), por pouco mais de uma hora. O grupo fez, nesse período, um protesto contra a ação de despejo, por parte da polícia, que ocorreu de manhã em Limeira, quando militantes do movimento ficaram feridos. O protesto em Ribeirão Preto provocou congestionamento de aproximadamente três quilômetros e policiais militares e rodoviários acompanharam o ato e não precisaram intervir. "O objetivo era mostrar a nossa indignação com o fato ocorrido em Limeira, que foi uma falta de respeito à reforma agrária", disse a integrante da direção estadual do MST, Kelli Mafort. "Atingimos o que queríamos." Os sem-terra trancaram a pista principal, no sentido Capital-Interior, e depois a marginal, durante 30 minutos, sem deixar passar qualquer veículo. Depois, começaram a liberar os veículos alternadamente até o fim do ato. Cerca de 15 policiais militares e rodoviários acompanharam o protesto, que não teve incidentes ou confrontos. Pela manhã, a Tropa de Choque entrou no Acampamento Elizabeth Teixeira, no Horto Florestal Tatu, em Limeira, para cumprir uma liminar de reintegração de posse da área da União e retirar 250 famílias do local. Houve confusão e pessoas feridas, entre elas o dirigente estadual do MST, Gilmar Mauro, atingido por um tiro de bala de borracha. O grupo estava no local desde 21 de abril.

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