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Protestos geram nova onda de violência no Quênia

Policiais entraram em confronto com ativistas da oposição em diversas cidades.

Por BBC Brasil
Atualização:

Ativistas da oposição no Quênia entraram em confronto com a polícia durante manifestações em diversas regiões do país nesta quarta-feira, no primeiro dos três dias de protesto contra as eleições presidenciais organizados pelos opositores do Partido Movimento Democrático Laranja (ODM, na sigla em inglês). De acordo com a correspondente da BBC em Kisumi, Karen Allen, um protesto pacífico que reuniu mais de 330 manifestantes foi interrompido quando a polícia disparou tiros para o alto. Allen conta ter visto dois corpos sendo carregados depois dos disparos. Na capital, Nairóbi, a polícia atirou em três pessoas durante os confrontos na área suburbana de Kibera. Segundo um correspondente da BBC na região, a tensão aumentou nas últimas horas. Em Eldoret, na costa oeste, manifestantes que pedem a renúncia do presidente eleito Mwai Kibaki atiraram pedras contra os policiais, que usaram gás lacrimogêneo para afastar os participantes do protesto. Protestos Os três dias de protesto, marcados para acontecer em 30 cidades do Quênia foram proibidos pela polícia, que os considera "inapropriados". Os confrontos com a polícia ocorreram um dia depois da oposição sair vitoriosa na eleição do presidente do Parlamento, o terceiro homem mais importante do país. Depois da vitória, o parlamentar eleito, Kenneth Marende, disse à BBC que a ODM tinha direito constitucional de iniciar os protestos contra a eleição do presidente Mwai Kibaki. Desde o anúncio do resultado das eleições, há três semanas, mais de 600 pessoas já morreram e mais de 250 mil ficaram desabrigadas como conseqüência das disputas contra a eleição de Kibaki. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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