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Próximos rivais, Drogba e Ronaldo preocupam seleção

Por PEDRO FONSECA
Atualização:

Se contra a Coreia do Norte a maior preocupação era a retranca adversária, agora a seleção brasileira terá pela frente em suas próximas partidas da Copa do Mundo dois dos principais atacantes do futebol mundial, o marfinense Didier Drogba e o português Cristiano Ronaldo. Drogba, artilheiro do clube inglês Chelsea na temporada com 37 gols em 40 jogos, deve retornar ao time titular da Costa do Marfim na partida de domingo contra o Brasil no emblemático estádio Soccer City. O atacante jogou apenas parte do segundo tempo do empate por 0 x 0 diante de Portugal, na terça-feira, após ter sido submetido a uma cirurgia no braço dias antes do início da Copa. Ao lado de Salomon Kalou, seu companheiro tanto no clube como na seleção, Drogba é a grande aposta dos "elefantes", considerada a seleção africana com melhor chance de fazer uma boa campanha no Mundial da África do Sul. Já o português Cristiano Ronaldo, cuja transferência de 94 milhões de euros do Manchester United para o Real Madrid fez dele o jogador mais caro do mundo, tentará se recuperar de uma atuação apagada na estreia na Copa. Uma boa jogada individual, que culminou com um chute na trave, foi a única chance de gol do atacante, que foi eleito pela Fifa o melhor jogador do mundo de 2009, mas que carrega o peso de jamais ter feito uma grande competição pela seleção portuguesa. "São dois jogadores que é preciso atenção", afirmou nesta sexta-feira o goleiro brasileiro Julio César, que, jogando pela Inter de Milão, enfrentou, e venceu, o Chelsea de Drogba na última Liga dos Campeões, e que será responsável por tentar parar os dois atacantes nos próximos jogos do Brasil. "O Cristiano tecnicamente é superior ao Drogba, é um jogador mais habilidoso, que chuta bem, dribla bem. O Drogba é um atacante mais de área, que sabe finalizar bem e também é bom de cabeça", acrescentou. Apesar de apontar diferenças, o goleiro brasileiro destacou uma semelhança que possivelmente é o motivo que lhe causa mais preocupação diante de Drogba e Cristiano Ronaldo: as cobranças de falta. "São dois jogadores que na bola parada têm um jeito particular de bater na bola, e isso dificulta bastante para o goleiro", alertou o brasileiro, considerado um dos melhores do mundo na posição. Tanto contra Costa do Marfim como contra Portugal, que será adversário do Brasil no dia 25, a seleção espera encontrar mais espaços para atacar do que na apertada vitória por 2 x 1 contra a Coreia do Norte, quando Julio César sofreu um inesperado gol nos minutos finais. Em sua primeira Copa do Mundo desde 1966, e a última seleção do ranking da Fifa entre as classificadas para a Copa do Mundo, a Coreia do Norte aproveitou-se de um momento de desatenção da defesa brasileira, segundo o goleiro. "Quando a bola não chega constantemente no gol é uma coisa complicada, a concentração tem que ser dobrada, se não acontece o que acabou acontecendo, a bola que foi no gol acabou entrando", disse o goleiro, que passou a maior parte do jogo apenas assistindo o Brasil tocar a bola, até levar o gol de Ji Yun-nam aos 44 minutos da etapa final.

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