PSDB determina expulsão de filiado que está apoiando candidato do PT à Prefeitura de Mauá, em SP

Clóvis Volpi, candidato derrotado à prefeitura de Mauá, no Grande ABC (SP), nessas eleições municipais, declarou apoio ao petista Donisete Braga, em detrimento da candidatura de Atila Jacomussi (PSB)

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Por Elizabeth Lopes
Atualização:

SÃO PAULO - O Diretório Estadual do PSDB de São Paulo determinou nesta sexta-feira, 7, a expulsão do correligionário Clóvis Volpi, candidato derrotado à prefeitura de Mauá, no Grande ABC (SP), nessas eleições municipais. O motivo da expulsão foi o apoio que Volpi declarou neste segundo turno das eleições municipais em Mauá à candidatura do petista Donisete Braga, em detrimento da candidatura de Atila Jacomussi (PSB), apoiada pelos tucanos.

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Volpi ficou em terceiro lugar no primeiro turno. Em Mauá, ele já havia atuado como vereador por dois mandatos pelo PSDB, entre 1983 e 1988, e 1989 e 1992. Entre 1999 e 2003, atuou como deputado federal, também pelo PSDB, saiu da sigla em 2001, migrou para o PTB e foi eleito prefeito de Ribeirão Pires, exercendo mandatos entre 2005 e 2012.

O presidente do PSDB de São Paulo, Pedro Tobias, diz que a regra do partido, estabelecida em resolução aprovada pelo diretório estadual, veta qualquer apoio de membros da legenda a candidaturas do PT, considerado o maior adversário dos tucanos em todos os níveis da administração (municipal, estadual e federal).

"O partido considera a forma e a linha de atuação do PT incompatíveis com os valores da boa gestão e ética estabelecidos como base partidária", reitera Tobias, destacando que a sigla "repudia a atitude de Volpi e lamenta que ele tenha atuado de maneira pessoal, sem consultar o partido".

O diretório já está tomando as medidas para cancelar "de forma sumária" a filiação partidária dele. Tobias reitera que o PSDB apoiará "integralmente o projeto de eleição de Átila por considerá-lo o melhor para Mauá e seus cidadãos". Em entrevista ao Diário do Grande ABC, Volpi justificou o apoio ao candidato do PT sob alegação de que não o apoia por questões partidárias, já que é rival do PT, mas sim por acreditar que ele tem mais condições de administrar uma cidade como Mauá. Além disso, ele disse que plano de governo de Átila "é inexequível e eleitoral".