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Quase 70% dos óbitos de jovens de 15 e 24 anos são violentos

Mortes por homicídios, suicídios e acidentes de trânsito atingem cada vez mais as mulheres, aponta o IBGE

Por Jacqueline Farid e da Agência Estado
Atualização:

As mortes por causas violentas continuam sendo a maior causa dos óbitos entre jovens do sexo masculino entre 15 e 24 anos, segundo aponta estudo Estatísticas do Registro Civil divulgado na manhã desta quinta-feira, 4, pelo IBGE. Em 2007, do total de óbitos masculinos na faixa etária de 15 anos a 24 anos, 67,7% ocorreram por causa violenta. Em 1990 esse porcentual era de 60% e em 2002, chegava a 70,2%. As causas consideradas violentas estão relacionadas a "homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, etc", segundo o IBGE. Veja também: País já tem um divórcio para cada quatro casamentos  Norte e Nordeste têm alta no registro de nascimentos  A íntegra divulgada pelo IBGE  O IBGE também aponta que os óbitos violentos passaram a atingir as mulheres jovens "de forma mais intensa" nos últimos anos. Enquanto 28% dos óbitos de mulheres de 15 anos a 24 anos estavam relacionados a causas violentas em 1990, esse porcentual subiu para 34% em 2002 e ficou praticamente estável (33,5%) em 2007. Os óbitos por violência mostraram elevação crescente no País entre 1990 e 2002, regredindo um pouco até o ano passado. No Brasil como um todo, enquanto a proporção de óbitos masculinos relacionados a causas violentas em relação ao total de óbitos se elevou de 14,2% em 1990 para 16,2% em 2002, em 2007 essa proporção passou a ser de 15%. Entre as mulheres, segundo a pesquisa, essas proporções "se mantiveram praticamente estáveis ao longo de todo o período", em torno de 4%. São Paulo Em São Paulo, no ano passado, a proporção de óbitos violentos masculinos em relação ao total de óbitos era de 14,8% em 2007 e no Rio de Janeiro, de 14,7%. O Estado com maior proporção era Rondônia (27,6%) e o menor, o do Piauí (8,9%). Segundo alertam os técnicos do IBGE no documento de divulgação da pesquisa, "as baixas proporções verificadas entre os Estados da região Nordeste devem ser consideradas com ressalvas, por causa de elevados índices de subnotificação de óbitos prevalecentes na maioria de seus Estados". Segundo afirmam os técnicos do IBGE no documento de divulgação da pesquisa, "as informações sobre mortes por violência levam a inferir que a mortalidade por causas violentas, particularmente entre os homens, é extremamente elevada, apesar da tendência de início de declínio observada a partir de 2002".

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