
14 de agosto de 2010 | 07h09
O prolongado período de estiagem, o hábito das queimadas em áreas agrícolas e as dificuldades de logística para conter o fogo agravam o problema de norte a sul do País. De acordo com o relatório do Inpe, é primeira vez, desde 2007, que se registra crescimento no número de focos.
Entre os Estados com mais queimadas estão Mato Grosso, com 6.693 focos; Tocantins, com 4.210; Pará, com 2.526, e Bahia, com 2.020. As maiores variações foram encontradas no Tocantins (aumento de 407%), no Piauí (365%) e no Distrito Federal (250%).
"Seguramente a questão climática tem forte peso. Este ano o período de estiagem está mais longo. A mudança no padrão meteorológico é real", diz Bóris Alexandre César, diretor de operações da Fundação Florestal, ligada à Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo. Segundo ele, há dez anos a estação seca durava de julho ao início de setembro. Hoje, a expectativa dos climatologistas é que dure até outubro.
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