Quênia prende dois por ataques que mataram 65 e elevaram tensão política

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Por JOSE
Atualização:

A polícia do Quênia prendeu nesta quarta-feira dois homens para interrogá-los sobre sua ligação com atentados desta semana no litoral, os quais provocaram a morte de cerca de 65 pessoas e elevaram a tensão política sobre a segurança no país. Militantes islamitas da vizinha Somália foram acusados pelos atentados e matanças no estilo de execuções, mas o presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, descartou essa possibilidade e disse que os ataques eram fruto de rivalidades políticas no país. Homens armados fizeram a primeira investida na cidade de Mpeketini, na noite de domingo, quando mataram 49 pessoas, incluindo várias que assistiam a partidas da Copa do Mundo na TV. Apenas 24 horas depois, um grupo atacou um vilarejo próximo e incendiou casas. Sobreviventes disseram ter sido mantidos sob mira de armas e obrigados a provar que eram muçulmanos. Um dirigente da força policial declarou que foram presos dois homens ligados aos micro-ônibus usados pelos agressores. Um deles era proprietário de um dos veículos e o outro, o motorista de um ônibus empregado no ataque. "Nós estamos realizando investigações muito sérias e abrangentes", disse John Miiri, o chefe policial designado para a área depois que seu antecessor foi destituído por causa das falhas do setor de segurança no atentado. "Os dois estão sendo interrogados." Os novos ataques alimentaram críticas da população contra o governo por não fazer mais para melhorar a segurança nacional.

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