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Ramos-Horta enfrenta desafio para reeleição no Timor Leste

Por TITO BELO
Atualização:

O presidente do Timor Leste, José Ramos Horta, ganhador do Nobel da Paz, enfrenta uma acirrada disputa para conseguir um novo mandato na eleição de sábado, na qual concorrem 11 candidatos, dos quais vários tiveram participação ativa no processo de independência. Mais jovem e pobre país da Ásia, Timor foi colônia portuguesa até 1975. Durante seu processo de independência, no entanto, sofreu uma ocupação da vizinha Indonésia, que duraria 27 anos. O fim do domínio de Jacarta, em 2002, foi particularmente sangrento, e a eleição parlamentar de 2007 em Timor resultaria em um novo surto de violência. Ramos-Horta, que foi alvo de um atentado em 2008, dividiu o Nobel da Paz de 1996 com o bispo Carlos Ximenes Belo, por sua luta pela solução pacífica para a independência de Timor Leste. Em Timor Leste, o presidente tem poucas atribuições políticas, mas é vital para projetar uma imagem de estabilidade, e Ramos-Horta goza de grande respeito por seu passado na luta anticolonial. Mais de 9.000 simpatizantes assinaram uma petição pedindo que ele se candidatasse a um novo mandato. Em comício na quarta-feira em Dili, ele prometeu, num eventual segundo mandato, manter o "sucesso que obtive até agora, que é a paz". Um dos principais adversários dele é o ex-líder guerrilheiro e ex-comandante militar José Maria de Vasconcelos, conhecido como Taur Matan Ruak. (Com reportagem de Olivia Rondonuwu em Jacarta)

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