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Rebeldes sírios bombardeiam parte de Aleppo dominada pelo governo

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Por Redação
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Insurgentes bombardearam durante a noite a parte em poder do governo da segunda maior cidade da Síria -Aleppo, matando pelo menos oito pessoas, informou a mídia estatal síria. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um grupo com sede no reino Unido queacompanha a guerra, disse que oito pessoas foram mortas durante um ataque aéreo das tropas do governo em uma outraparte da cidade, controlada pelos rebeldes. Aleppo, perto da fronteira com a Turquia, é uma grande linha de frente na guerra da Síria. Grupos rebeldes dentro e ao redor da cidade repeliram várias tentativas do exército sírio e das milícias, lutando com eles, para interromper as linhas de abastecimento da Turquia para os rebeldes. A TV estatal transmitiu imagens mostrando edifícios seriamente danificados, alguns com suas fachadas arrancadas, e ruas lotadas de escombros no distrito de Suleimaniyah, na parte de Aleppo controlada pelo governo. A mídia estatal confirmou o número de oito mortos e disse que dezenas de pessoas estavam presas sob os escombros. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse que o número de mortos era de cinco pessoas, e que esse número deveria aumentar. O Grã Mufti Ahmed Bagdr al-Din al Hassoun, falando na TV estatal, instigou a destruição total das áreas controladas pelos rebeldes, de onde estavam sendo lançados os bombardeios. "Informamos aos civis de lá, sejam eles partidários (dos insurgentes), ou não, a deixarem a região. Cada área a partir da qual um bombardeio é iniciado, deve ser completamente destruída", disse. A agência de noticias estatal SANA descreveu os rebeldes por trás do ataque como militantes islâmicos de linha dura "ligados ao regime de Erdogan", uma referência ao presidente turco Tayyip Erdogan, que quer que o presidente Bashar al-Assad, seja removido do poder. Partes de Aleppo controladas pelos rebeldes têm enfrentado ataques aéreos regulares por parte do exército sírio. Uma comissão de investigação da ONU sobre a Síria tem registrado o uso intenso de bombas de barril – bombas improvisadas lançadas na cidade por helicópteros – pelas tropas do governo. O Observatório disse que dezenas de pessoas ficaram feridas no ataque aéreo de sábado em Maadi, no distrito de Aleppo e que o número de mortos deve aumentar. Insurgentes também utilizaram as bombas improvisadas para bombardear áreas controladas pelo governo. Os chamados "canhões do inferno" lançam bombas que consistem de botijões de gás de cozinha. Não ficou claro que tipo de armas foram usadas no seu último ataque.

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