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Receita e PF prendem 20 por desvio de US$ 50 mi

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Por Fausto Macedo
Atualização:

A Receita e a Polícia Federal deflagraram hoje (15) a Operação Navio Fantasma, que prendeu 20 suspeitos de integrarem organização para desvio de toneladas de mercadorias que tinham como destino o Porto de Santos (SP). A Receita estima em US$ 50 milhões o montante desviado em mercadorias que incluem eletrônicos, equipamentos médicos, objetos de luxo e até cartuchos de bala.Entre os presos estão cinco servidores da Receita. A Navio Fantasma mobilizou 60 auditores e servidores da Receita e cerca de 200 policiais federais. A Justiça Federal decretou o sequestro de bens e o bloqueio de recursos financeiros dos investigados, além da apreensão judicial de cargas já retidas pela Receita no decorrer da apuração.A operação partiu de uma denúncia feita pela Alfândega do Porto de Santos. As investigações foram iniciadas em janeiro de 2011, quando a Receita levantou indícios de desvio de cargas importadas que chegavam ao País pelos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.A maior parte dos produtos tinha como origem os Estados Unidos e a China. As cargas eram declaradas como partes e peças para navios atracados no Porto de Santos, porém eram compostas por mercadorias de alto valor agregado - tablets, celulares, relógios e armações de óculos de marcas famosas, entre outras. Havia também mercadorias de importação controlada, como equipamentos médicos e réplicas de armas.No transporte entre os aeroportos e o Porto de Santos, as cargas eram desviadas, descarregadas na cidade de São Paulo e distribuídas para os clientes do esquema fraudulento. Foi apurado o desvio de cerca de 220 toneladas de carga.A Receita e a PF destacam que "há indícios da prática de diversos crimes", como formação de quadrilha, contrabando ou descaminho, facilitação de contrabando ou descaminho, corrupção ativa, corrupção passiva, inserção de dados falsos em sistemas de informação e falsidade ideológica. A força tarefa cumpriu 20 mandados de prisão e 42 mandados de busca e apreensão em residências e escritórios dos investigados e em empresas ligadas à organização situadas nos Estados do Rio, Paraná e São Paulo.

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