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Recuperação da indústria, impulsiona Salão do Móvel de Milão

CEO do principal evento de design internacional aproveita momento de expansão para atingir novos mercados

Por Marcelo Lima
Atualização:
Estante da marca italiana de móveis Magis no Salão do Móvel de Milão 2016 Foto: Divulgação

Trata-se de um motor econômico. No último biênio, o setor moveleiro foi um dos poucos da economia italiana que tiveram recuperação, registrando, em 2015, crescimento de 2,7% em relação a 2014. As exportações, ao que tudo indica, também vão bem. Palco por excelência do móvel “made in Italy”, o Salão do Móvel de Milão não ficou atrás. “Nada sinaliza melhor este momento de expansão que a qualidade dos produtos em mostra”, afirmou o CEO do salão, Marco Sabetta, que falou com exclusividade ao Casa.

Qual seu balanço da última edição do salão? Foi uma boa edição, tanto em termos qualitativos quanto quantitativos. Percebo que as empresas têm investido fortemente na apresentação de seus estandes, atingindo resultados surpreendentes. Em termos de frequência, recebemos a visita de 372.151 profissionais, um aumento de 4% em relação ao ano passado. Entre o público em geral – que pode visitar a feira no sábado e no domingo –, o comparecimento atingiu 41.372 visitantes, ante 39.155 em 2015.

Espaço da fabricante de cozinhas alemã Nobilia, na Eurocucina 2016, evento que acontece a cada dois anos paralelamente aoSalão do Móvel de Milão Foto: Divulgação

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Quando cada edição começa a ser elaborada e como são definidos os eventos colaterais? Já durante a feira, quando experimentamos, in loco, procedimentos especiais para a melhoria de serviços voltados para expositores e visitantes. Depois, assim que o salão termina, quando começamos a implantar novas estratégias. Os eventos paralelos são definidos de acordo com as necessidades de nossas empresas. Como aconteceu este ano com o evento Before design: Classic (Antes do design: Clássico). Percebemos que seria necessário redirecionar o olhar do mercado para um tipo de produção normalmente ofuscada pela de design, mas que tem enorme acolhida em países do Oriente Médio e na Rússia. 

Como vê a participação do Brasil no evento? O Brasil é um país muito interessante tanto do ponto de vista criativo quanto do comercial, que sempre demonstrou um crescente interesse pelo nosso design e, consequentemente, pela produção veiculada no Salão do Móvel de Milão. Este ano tivemos grande satisfação em contar com empresas brasileiras na mostra oficial e também com alunos de uma universidade brasileira no Salão Satélite. Certamente, a crise que o País atravessa não ajuda, mas esperamos que esse quadro se reverta com brevidade para que voltemos a contar com um grande número de visitantes brasileiros, como tivemos em anos recentes.

O CEO do Salão do Móvel de Milão 2016, Marco Sabetta Foto: Divulgação
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