Rede municipal de ensino de SP deve entrar em greve

A pauta de reivindicações dos trabalhadores contém 33 itens, dente eles aumento salarial de 43%

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Por Felipe Maia
Atualização:

Funcionários e professores da rede municipal de ensino de São Paulo devem entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira, 25. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), que decidiu pela paralisação em assembléia realizada no último dia 14, na capital paulista. A pauta de reivindicações dos trabalhadores contém 33 itens, dente eles aumento salarial de 43% e incorporação do maior valor de gratificação paga aos professores, no valor de R$ 450.  Para marcar o início da greve, o sindicato programou uma manifestação na tarde desta terça-feira, em frente à sede da prefeitura, no Viaduto do Chá, região central da capital. A intenção é pressionar a administração municipal para que sejam atendidas as reivindicações da categoria. A assessoria de imprensa da Secretaria de Educação informou que "não costuma se manifestar nesse tipo de caso".  Segundo o sindicato, a prefeitura, por enquanto, acena com o pagamento de vale-alimentação mensal no valor de R$ 190, pago aos servidores da ativa que ganham até cinco salários mínimos, e a isenção da contribuição mensal de 3% para o Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM). Os sindicalistas discordam e querem que o vale seja pago a todos os funcionários e que o desconto para o hospital seja opcional.  De acordo com o presidente do Sinpeem, Cláudio Fonseca, as principais dificuldades encontradas pelos profissionais da educação hoje são a "baixa remuneração, ambiente de trabalho deteriorado, superlotações das salas e ameaças constantes de retirada de benefícios". Conforme os números do sindicato, um professor em início de carreira que tenha nível superior recebe R$ 632 de salário por 20 horas semanais de trabalho. Este valor pode chegar a R$ 950 com o pagamento de bônus e outros benefícios.  A última greve da categoria em São Paulo ocorreu durante 17 dias entre março e abril do ano passado. O Sinpeem disse que a paralisação teve participação de 70% dos profissionais. Atualmente o sistema municipal de educação tem 1,3 mil escolas, que empregam 51 mil professores.

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