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Regiões norte e noroeste do Rio continuam alagadas

Por ALESSANDRA SARAIVA E CLARISSA THOMÉ
Atualização:

A chuva deu uma trégua mas, mesmo assim, o alagamento das regiões norte e noroeste do Estado do Rio não diminuiu e há perspectivas de piora nos próximos dias. Os temporais que atingiram o Estado na última semana e que deixaram três mortos, mais de 30 mil pessoas desalojadas e duas mil pessoas desabrigadas, foram tão intensos que arrebentaram diques da região, elevando o nível dos rios e deixando bairros completamente embaixo d''água. "Tem muitos diques sendo destruídos. Não há nem como contabilizar", alertou o comandante da Defesa Civil do município Campos dos Goytacazes, Henrique Oliveira. Campos é uma das 12 cidades que permanecem em estado de emergência, segundo a Defesa Civil Estadual. Oliveira explicou que o nível do rio Paraíba do Sul, que corta a maioria dos municípios da região, diminuiu de 10,6 metros para 9,9 metros, de sábado para domingo, mas isso não aliviou a inundação. Campos está sendo atingida pelas águas do rio Muriaé, afluente do rio Paraíba, cuja enchente está sendo agravada pelo rompimento dos diques. Para o comandante, não há como fazer barreiras para impedir o aumento do nível das águas. "Temos famílias com casas completamente alagadas e esperando em cima das lajes por socorro", disse. O governador do Estado do Rio, Sergio Cabral, anunciou que será montado um hospital de campanha no município de Cardoso Moreira, uma das cidades mais atingidas pelas chuvas que assolaram o estado na última semana e que permanece em estado de calamidade pública. Quatro helicópteros, oito barcos e 350 homens do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil trabalham na ajuda e resgate das famílias.

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