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Reino Unido quer parceria sobre aids e HPV com Brasil

Por Fabiana Cimieri
Atualização:

O ministro da Saúde do Reino Unido, Alan Johnson, disse hoje, em visita à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio, que o país quer reforçar a cooperação bilateral com o Brasil, por meio da promoção de novos convênios para a transferência de tecnologia que tornem viável a produção das vacinas contra a aids (HIV) e o papilomavírus humano (HPV). Em janeiro, a Fiocruz e a multinacional britânica GlaxoSmithKline (GSK) assinaram um acordo para a produção nacional da vacina do rotavírus. O contrato prevê a transferência de tecnologia em quatro etapas, de forma que, até 2013, serão produzidas 50 milhões de doses. Essa quantidade será suficiente para vacinar todas as crianças menores de 6 meses, que são as mais vulneráveis à doença, que mata por ano 2 mil pacientes no Brasil e 600 mil no mundo. "Há dois anos, assinamos com o presidente Lula um memorando de entendimento. Queremos expandir os pontos desse documento criando parcerias público-privadas (PPPs) para transferência de tecnologia que beneficiem os dois países e, talvez, outros, como os países africanos", afirmou Johnson. Em 2007, o Brasil importou U$ 95,72 milhões (R$ 168,08 milhões, em valores atuais) de insumos de laboratórios e produtos farmacêuticos da Grã-Bretanha, 30% a mais do que em 2006. É o setor da economia inglesa que mais exporta para o País. Antes da visita à Fiocruz, o ministro da Saúde do Reino Unido esteve na Unidade de Pronto-Atendimento do Complexo da Maré, um dos conjuntos de favelas mais violentos da capital fluminense. Acompanhado do secretário de Estado da Saúde, Sérgio Côrtes, Johnson caminhou pela rua. "Queria ver como uma favela se parece. Perguntei ao secretário se havia muitos guardas armados fazendo a segurança do posto. Fiquei surpreso por ele ter me dito que não havia nenhum porque as pessoas respeitam os funcionários e o local onde é prestado um serviço público de qualidade. Talvez, esse seja um modelo que possa ser bem-implementado em outras áreas pobres e isoladas", disse.

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