Remoções no Rio atingirão 3,6 mil famílias

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Por PEDRO DANTAS E GABRIELA MOREIRA
Atualização:

O plano de remoção de moradores de oito comunidades em áreas de risco no Rio de Janeiro envolverá 3.600 famílias. As demolições das casas já começaram pelo Morro do Urubu, em Pilares, na zona norte, onde segundo o prefeito Eduardo Paes (PMDB) em seu microblog (Twitter) a "sorte" impediu que os estragos da chuva atingissem a comunidade. A Defesa Civil computa 229 mortes no Estado, sendo 146 em Niterói - sendo 36 no morro do Bumba - e 63 na Capital. Além do Urubu, serão removidas construções na favela São João Batista, em Botafogo; Cantinho do Céu e Pantanal, no Morro do Turano, na Tijuca; Laboriaux, na Rocinha; Parque Colúmbia, em Acari e Morro dos Prazeres - onde pelo menos 30 pessoas morreram em decorrência de deslizamentos - e Fogueteiro, ambos em Santa Teresa, no Centro.Para reassentar as famílias, a prefeitura destinará o terreno do antigo Complexo Penitenciário da Frei Caneca, no Centro, que foi implodido no último mês e um terreno comprado da Light, em Triagem, na zona norte. As casas serão construídas pelo programa do governo federal Minha Casa Minha Vida. Os moradores das favelas Cantinho do Céu e Pantanal, na Tijuca, serão indenizados para comprar outros imóveis, em áreas autorizadas pela prefeitura, no programa chamado Aquisição Assistida. Já os moradores da São João Batista, receberão indenização em dinheiro, pelo valor do imóvel, acrescido de 40%. Enquanto isso, os moradores removidos serão incluídos no programa Aluguel Social e receberão R$ 400 para locação de imóvel em área que não seja de risco. Áreas de riscoAs oito comunidades que terão casas removidas não fazem parte da lista de 130 favelas consideradas em áreas de risco, em relatório divulgado pela prefeitura no início do ano. De acordo com o documento, 13 mil domicílios estavam comprometidos. Segundo Eduardo Paes, a Geo-Rio começa amanhã a fazer um mapeamento de risco geológico em toda a cidade, para elaboração de um programa de remanejamento das famílias em áreas de risco. A conclusão do levantamento está prevista para daqui seis meses.

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