O texto que derruba o decreto assinado por Dilma, de autoria do deputado Mendonça Filho (DEM-PE), teve o apoio na Câmara de partidos da base aliada da presidente, como PMDB e PP. Críticos do decreto de Dilma afirmam que ele tira prerrogativas do Legislativo. A oposição na Câmara chegou a ameaçar obstruir as votações na Casa, se a proposta de derrubada do decreto não fosse votada. Segundo a Agência Senado, Renan negou que a queda do decreto presidencial tenha a ver com as eleições de domingo, em que Dilma foi reeleita com uma margem estreita sobre o senador Aécio Neves (PSDB-MG). "Essa dificuldade já estava posta antes das eleições, apenas se repete. Essa questão da criação de conselhos é conflituosa, não prospera consensualmente no Parlamento e deverá cair", disse o presidente do Senado. Renan ainda não estabeleceu uma data para a votação da derrubada do decreto, mas o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), candidato a vice na chapa de Aécio, disse que o requerimento para votar a matéria com urgência já está pronto, aguardando apenas a chegada do texto no Senado. (Por Eduardo Simões)