Requião se lança pré-candidato a presidente pelo PMDB

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Por Redação
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O governador do Paraná, Roberto Requião, dissidência do PMDB nacional, se movimenta para desestabilizar a união entre PT e PMDB para as eleições de 2010 com o lançamento nesta terça-feira de sua pré-candidatura à Presidência da República. Em cerimônia no Senado para formalizar o lançamento, Requião explicou que sua intenção é que o PMDB reconquiste a sua imagem popular e se mostre como o maior partido de país. "Não há nessa atitude uma mobilização pessoal. Não há uma tentativa de enriquecimento de currículo. Mas há o necessário exercício de uma militância do PMDB", disse Requião a jornalistas. O governador afirmou que, se o apoio do PMDB à candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT) se consolidar, a coligação terá sido feita por conta do horário eleitoral e não levará ao "empolgamento" do partido na campanha. Questionado se sua investida seria um racha no partido, Requião afirmou que "as tendências partidárias são absolutamente legítimas". Segundo o governador, a propostas de sua pré-candidatura tem o apoio de 15 lideranças do partido, entre elas Orestes Quércia, presidente do diretório de São Paulo, senador Pedro Simon (PMDB-RS), Luiz Henrique, governador de Santa Catarina, e o ex-ministro Mangabeira Unger, pelo Rio de Janeiro. "Conclamamos a direção nacional do PMDB a promover um amplo debate em cada Estado sobre o programa de governo e ouvindo a sociedade civil para a construção de uma proposta de desenvolvimento nacional que privilegie a produção e o trabalho frente aos interesses do capital financeiro", diz a nota que apoia o nome de Requião. Ao mesmo tempo que sustenta a investida de Requião, Orestes Quércia já declarou apoio à candidatura presidencial do governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Em 1994, Quércia foi o último candidato lançado pelo PMDB para concorrer ao cargo de presidente. Requião é pela terceira vez governador do Paraná, já foi prefeito de Curitiba e senador. (Reportagem de Ana Paula Paiva)

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