Reunião da OMS é palco para presença internacional de Taiwan

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Taiwan espera que sua participação na reunião anual da Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta semana, amplie sua presença internacional, após quase quatro décadas à margem da diplomacia ligada à saúde pública. "A participação de Taiwan nas atividades da OMS é um grande fato, que irá ajudar a reforçar os padrões domésticos de atendimento sanitário, promover as indústrias médica e farmacêutica locais e conectar Taiwan ao resto do mundo", disse o ministro da Saúde da ilha, Yeh Ching-chuan, em um discurso. Taiwan participa da Assembleia Mundial da Saúde pela primeira vez em 38 anos, graças a um acordo com a China continental para que 15 pessoas representem a ilha autônoma sob o nome de Taipé Chinesa. Taiwan foi o refúgio dos nacionalistas derrotados em 1949 na guerra civil chinesa, e Pequim considera a ilha como uma província rebelde, sem descartar o uso da força para retomá-la. Poucos países reconhecem a soberania taiwanesa, e a ilha não tem assento na ONU, embora possua representação na OMS sob o nome de Taipé Chinesa. Um delegado taiwanês disse a jornalistas que a presença como observador é um passo importante no sentido de ampliar o envolvimento da ilha na arena internacional. Mas cerca de meia dúzia de manifestantes interromperam o evento da OMS na segunda-feira, com um deles gritando que "Taiwan não é parte da China!" Ching-chuan disse em entrevista coletiva que 93 por cento dos 23 milhões de taiwaneses foram favoráveis à participação na assembleia, e 73 por cento consideraram "aceitável" a denominação Taipé Chinesa. "Não estou satisfeito com este nome, mas participar é mais importante do que o nome. Podemos participar e nos beneficiar disso. Todos têm o direito de expressar suas opiniões, mas devem cumprir as leis daqui", afirmou. Taiwan há anos argumenta que sua exclusão em relação à OMS e seus eventos dificultou que a ilha enfrentasse crises sanitárias graves, como a epidemia da síndrome respiratória aguda grave (Sars, na sigla em inglês), em 2003. (Reportagem de Katie Reid)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.