A primeira reunião do Gabinete de Gestão Integrado de Combate à Dengue no Rio terminou com muitas promessas e poucas ações concretas. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, participou do encontro, que reuniu também o governador Sergio Cabral Filho, o prefeito eleito Eduardo Paes e todos os secretários, no Palácio Guanabara, sede do governo estadual. "Não vamos pensar mais em ações separadas. Acabou a idéia de que á dengue é só problema da área de saúde. Todas as secretarias vão pensar no assunto e todos os programas serão executados pelas três esferas de governo e serão", disse o secretário estadual de Saúde, Sergio Côrtes, quando acabou a reunião, que durou cerca de duas horas. Veja também: Especial: O avanço da dengue Dados reforçam risco de epidemia de dengue no Rio e Salvador Temporão e prefeitos eleitos do Rio discutem combate à dengue Temporão não descarta nova epidemia de dengue no Rio Temporão evitou os jornalistas e saiu sem dar entrevista. Sobre a dengue, o secretário Nacional de Atenção à Saúde, Gerson Penna, enfatizou a necessidade de mobilizar a população, mas não disse o que o governo federal vem fazendo para evitar a entrada do vírus do tipo 4 no País. "Cerca de 35 mil pessoas circulam mensalmente na fronteira com a Venezuela e é impossível controlar esse fluxo. Um dia o vírus vai entrar e vai encontrar a população suscetível", afirmou. O futuro secretário municipal de Saúde, Hans Dohman, disse que a futura administração pouco poderá fazer para evitar uma epidemia, porque assumirá no meio do verão. Mas pediu ao Ministério da Saúde que pague aos garis da Comlurb, a mesma gratificação de R$ 625 mensais que será paga aos 2.500 bombeiros do Estado que trabalharão como agentes voluntários de combate aos focos do mosquito.