
28 de março de 2014 | 18h50
A maior parte do comércio está paralisada e os barcos se transformaram no único meio de locomoção. Com as rodovias de acesso tomadas pela água, a cidade está ilhada. "Estamos em estado de calamidade desde fevereiro, mas as águas continuam subindo", disse o advogado Carlos Terrinha. Seu escritório, na região central, está com um metro e meio de água. Ele responsabiliza as barragens de Jirau e Santo Antonio, no Rio Madeira, pela que considera a maior cheia da história. "O governo distribui cestas básicas, mas isso não resolve. O prejuízo é imenso."
Na cidade, multiplicam-se os casos de doenças transmitidas pela água. Os poços artesianos foram encobertos e contaminados. O Hospital Regional está superlotado com 600 pacientes acometidos de virose, febre e diarreia, além de 60 casos de dengue e pelo menos um já confirmado de leptospirose. A Marinha enviou um navio-hospital para atender a população ribeirinha. Segundo o prefeito José Sidenei Lobo (PMDB), comunidades rurais estão completamente isoladas e sem combustível para chegar de barco à cidade. Balsas usadas em garimpos foram transformadas em abrigos para pessoas doentes.
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