
16 de janeiro de 2012 | 19h49
Horas antes do debate, o ex-governador de Utah Jon Huntsman abandonou a disputa e manifestou apoio a Romney, que já venceu as duas primeiras etapas das eleições primárias do Partido Republicano, e é o favorito para a terça-feira, na Carolina do Sul.
Disputando com o ex-deputado Newt Gingrich o voto conservador anti-Romney, o pré-candidato Rick Santorum chega ao debate fortalecido, depois de receber no fim de semana o apoio de 150 líderes religiosos e sociais conservadores.
A Carolina do Sul ainda realizará outro debate entre os pré-candidatos nesta semana, antes da votação do dia 21. Uma vitória de Romney praticamente definirá sua indicação para ser o candidato do partido contra o democrata Barack Obama na eleição geral de novembro.
As pesquisas indicam uma sólida liderança de Romney no Estado, bem à frente de Gingrich.
"A essa altura, Romney só precisa lembrar às pessoas que é ele quem pode enfrentar e vencer Obama em novembro", disse o consultor republicano Rich Galen. "Ele não pode deixar os outros caras pegarem no pé dele."
O debate de Myrtle Beach começa às 21h (0h em Brasília), com a participação de Romney, Gingrich, Santorum, Rick Perry e Ron Paul.
Nos debates anteriores desta campanha, os rivais -especialmente Santorum e Gingrich- atacaram duramente Romney por seu histórico como empresário, acusando-o de destruir companhias e empregos. Essas críticas, contrariando a história republicana em favor da livre iniciativa capitalista, geraram reações negativas de conservadores, e foram atenuadas nos últimos dias.
Mas a questão do emprego deve ser muito importante no debate da Carolina do Sul, onde o desemprego é superior à média nacional de 8,5 por cento.
Santorum, Gingrich e Perry também têm tentado cortejar os importantes eleitorados evangélico e conservador da Carolina do Sul, que se dividiu entre os diversos candidatos, como já acontecera em Iowa.
Depois da Carolina do Sul, o próximo Estado em disputa será a Flórida, em 31 de janeiro. A Flórida é um Estado grande e diversificado, na qual a organização e a riqueza de Romney podem ser decisivas.
"Romney parece estar disparando, se formos acreditar nas pesquisas", disse Galen. "Mas ele não pode colocar a coisa em controle de cruzeiro ainda."
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