
18 de maio de 2013 | 09h57
"Estão fazendo obra para o papa ver. Quero que façam as obras que ele não vê, como as de saneamento. Não tem nenhum funcionário da prefeitura nas outras ruas", diz o comerciante Manoel Arcanjo, de 55 anos, morador de Varginha há 46, lembrando que a Carlos Chagas - principal acesso à comunidade de Manguinhos, na zona norte - foi asfaltada nos anos 1970 e nunca mais teve manutenção, apesar das inundações constantes do Rio Faria Timbó.
Desde que Varginha foi anunciada pelo Vaticano como um dos locais a serem visitados, há 10 dias, equipes da prefeitura trabalham no curto trecho entre a entrada da favela, onde está a Igreja de São Jerônimo Emilliani, e o campo de futebol, que ganhou poste com refletores e onde o tricampeão Jairzinho treina adolescentes. A Rioluz trocou todo o cabeamento até o transformador. Carros abandonados no acostamento da Carlos Chagas já foram rebocados. Garis passaram a varrer a rua diariamente, o que não ocorria. "Eles tiravam o lixo da caçamba, mas não tinha gente fazendo limpeza. Espero que continuem a vir depois do papa", diz a dona de casa Ivanete de Jesus.
A Rio Eventos, empresa da prefeitura que trata de temas ligados à Jornada da Juventude, informou que Varginha foi pacificada recentemente, permitindo serviços públicos. Já havia um cronograma de intervenções, mas algumas foram antecipadas por causa do papa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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