Rocha causou tragédia no metrô em 2007, diz relatório

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Por AE
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O relatório apresentado hoje pelo Consórcio Via Amarela, responsável pela obra de construção das futuras instalações da Linha 4 (Amarela) do Metrô de São Paulo, aponta que um maciço de 15 toneladas não identificado durante os cinco furos de sondagem feitos durante o projeto da Estação Pinheiros foi responsável pela tragédia na cratera das obras. O documento foi elaborado pelo engenheiro norueguês independente Nick Tarton e encomendado pelo consórcio. Segundo o parecer, a rocha de 15 toneladas estava acima do túnel construído pela Via Amarela, envolvida em argila. Uma tubulação de águas pluviais não identificadas durante o empreendimento teria lançado água nesse sedimento, que, amolecido, fez com que a pedra se movimentasse até a área do túnel, que não suportou o maciço e ruiu. O consórcio limitou-se a informar que o acidente na futura Estação Pinheiros foi uma "fatalidade" e que não teria como a engenharia moderna identificar a massa compacta de pedra. Segundo engenheiros ouvidos pela reportagem, cinco sondagens é um número superior ao mínimo exigido para uma obra do porte da realizada no local. Em 12 de janeiro de 2007, o desastre na estação do metrô deixou sete mortos. Até hoje, o laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) sobre as causas do acidente não está pronto e uma família continua vivendo em hotel. Desde dezembro, quando as escavações alcançaram o topo do túnel que se rompeu, o IPT trabalha na chamada "arqueologia" do acidente. São feitos cortes verticais no solo para preservar o máximo de provas. O banco de dados das investigações reúne mais de 5,8 mil papéis. O instituto, no entanto, não fala em prazo para a conclusão do laudo.

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