Rocinha: Moradores protestam contra morte de menina

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Por Fabiana Cimieri
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A morte da estudante Agatha Marques do Santos, de 11 anos, durante uma operação policial no início das inscrições para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na Favela da Rocinha, provocou protesto entre os moradores da favela. "Queremos saneamento, emprego e renda. mas não queremos um pacto com gosto de sangue", disse o presidente da União Para Melhoramentos da Rocinha, Luiz Cláudio Oliveira, durante o velório da menina, no Centro Comunitário Vila Verde. Da Rocinha ao cemitério São João Batista, cinco ônibus cedidos pela empresa Amigos Unidos, mototáxis e vans fizeram uma carreata pela Orla da Zona Sul carioca. O pai de Agatha, Claudino Silva dos Santos, motorista autônomo, voltou a afirmar que o tiro que atingiu a garota foi disparado pela polícia. "Agatha estava em frente a uma das janelas jogando vídeo game, quando gritou ''ai pai, ai pai''. Eu vi os policiais atirando e ainda saí com ela no colo, pedindo socorro a eles", disse. A mãe de Agatha, Flávia Marques dos Santos, não deu entrevista. "Tinha que ter pelo menos um governante presente para poder ver a dor desta família nesse momento", pediu a comerciante Neide Mesquita, amiga de infância da mãe da menina. Estudante do 6º ano, Agatha era extrovertida, brincalhona e dizia que queria ser veterinária quando crescesse.

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