11 de julho de 2012 | 21h22
A mensagem conservadora de Romney não foi bem recebida na convenção anual da NAACP, organização de direitos civis cujos integrantes afro-americanos estão entre os mais fiéis partidários de Obama, que tentará a reeleição.
A reação não foi uniformemente negativa. Romney foi ovacionado de pé ao final, e houve numerosos momentos de aplausos durante o discurso.
O salão da conferência estava ocupado pela metade, com centenas de pessoas que aplaudiam educadamente até o trecho em que ele prometeu revogar a reforma da saúde caso seja eleito presidente dos Estados Unidos em 6 de novembro.
"Vou eliminar todos os programas caros e não-essenciais. Isso inclui o Obamacare", disse Romney. Então as vaias surgiram, mas o pré-candidato não pareceu se abalar.
Ele foi vaiado também quando declarou que o presidente democrata prometeu criar mais empregos, mas que "não irá, não consegue, e seu histórico dos últimos quatro anos mostra isso".
E as vaias voltaram a surgir quando ele disse: "Se eu for presidente, minha primeira tarefa será gerar empregos. Não tenho uma agenda oculta. Se vocês querem um presidente que tornará as coisas melhores para a comunidade afro-americana, estão olhando para ele."
Romney sabia que estava falando com pessoas que normalmente não votam nele. Obama tem o apoio de cerca de 90 por cento do eleitorado negro.
(Reportagem de Steve Holland)
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