
09 de maio de 2015 | 17h33
Rosângela descobriu no espaço de uma semana e meia que duas forças brotavam em seu corpo: uma era um bebê e a outra, um câncer de mama. “Eu tinha duas notícias, uma boa e uma ruim, uma vida e uma morte”, recorda.
Era dezembro de 2013. Aos 40 anos, e com duas filhas mais velhas, Rosângela Sanches e o marido não haviam programado a gravidez. Ao surgir no mesmo momento em que o câncer, havia pouco tempo para decidir o próximo passo. Rosângela, então, se viu entre a possibilidade de uma cirurgia para tirar o tumor e de dar à luz a Arthur com apenas 28 semanas, ou passar grávida pela quimioterapia.
Ela confiou na equipe médica e começou a frequentar as sessões de quimioterapia a cada 21 dias. Ficou careca, mas afirma não ter sentido efeitos colaterais do tratamento, como vômito e diarreia. “A cabeça é impressionante, é ela quem manda no corpo. Falei para mim mesma que não iria me entregar e agi de maneira a não entrar na ‘pilha’ da doença.”
Arthur nasceu saudável em 14 de julho de 2014. “É engraçado, porque a gestante não pode nem pintar o cabelo e aí injetaram um monte de drogas na minha veia, e o meu filho nasceu bem”, comemora Rosângela.
Ela encerrou a quimioterapia, fez uma mastectomia em janeiro e, agora, se diz curada e pronta para passar o primeiro Dia das Mães ao lado de Arthur e longe do câncer. “Esse é o meu 20.º Dia das Mães, mas o primeiro com algo especial. Eu achava que era feliz sem saber que minha felicidade dependia de mais um filho.”
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