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Rússia adia lançamento de foguete com satélite de pesquisa

O país voltou a adiar o lançamento, pela terceira vez, depois de uma falha nos preparativos

Por Agencia Estado
Atualização:

A Rússia voltou a adiar nesta quarta-feira, pela terceira vez, o lançamento de um foguete Soyuz-2 que deve pôr em órbita o satélite europeu de pesquisa MetOp-A, informou a Roskosmos, agência espacial russa. "O lançamento foi adiado por 24 horas" devido a uma falha nos preparativos, disse um porta-voz da Roskosmos à agência russa Interfax. Este é o terceiro adiamento por razões técnicas da decolagem do foguete russo com o satélite europeu, cujo lançamento estava previsto inicialmente para as 13h28 de Brasília da segunda-feira. O lançamento do Soyuz-2 será realizado na base de Baikonur, na república do Casaquistão (Ásia Central). "Ainda temos uma data de reserva para o lançamento: 20 de julho. Mas a decisão sobre a questão só pode ser tomada após a análise do que aconteceu hoje. Isso deverá ser feito pela comissão estatal que trabalha em Baikonur", disse o porta-voz da Roskosmos. Ele acrescentou que, caso o lançamento não possa ser realizado nesta quinta-feira, a Roskosmos só terá oportunidade de fazê-lo "dentro de vários dias". O foguete russo deve colocar o satélite europeu em uma órbita polar (que passa pelos pólos terrestres) de entre 600 e 800 quilômetros do altura. Fabricado pelo consórcio europeu EADS Astrium, o MetOp-A, de 4.000 quilos e 6,5 metros de comprimento, é um projeto conjunto da Agência Espacial Européia (ESA) e da Organização Européia de Meteorologia por Satélite (Eumetsat). O MetOp-A, com uma vida útil de cinco anos, é o primeiro satélite de uma série de três similares que serão lançados aos poucos, até 2020, para observações meteorológicas e a detecção de navios e aviões acidentados. O Soyuz-2 é uma versão modernizada dos foguetes Soyuz. Este lançamento será o primeiro realizado em Baikonur, após os testes de confiabilidade encerrados em 2004. A parte final do foguete é composta pelo bloco de aceleração Fregat, que deverá encaminhar o satélite da órbita de apoio à operacional (polar).

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