Safra de soja argentina pode cair até 6 mi t, segundo Oil World

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A safra argentina de soja em 2013 poderá ficar entre 3 e 6 milhões de toneladas abaixo das previsões anteriores, de 55 a 56 milhões de toneladas, com as chuvas contínuas afetando o plantio no país, disse a consultoria Oil World, com sede em Hamburgo. "A situação é mais do que alarmante na Argentina onde os estimados 13-16 milhões de hectares de terras agrícolas ou estão inundadas ou excessivamente úmidas no momento", disse a Oil World. O excesso de chuva significa que os produtores argentinos estão enfrentando dificuldades para semear a safra para colheita no início de 2013 e o cultivo da soja pode ser "fortemente abaixo" da intenção inicial, disse a consultoria. "Em nossa opinião, há um risco crescente de que a safra de soja da Argentina venha a ficar entre 3-6 milhões de toneladas abaixo das previsões iniciais de 55-56 milhões de toneladas", informou. Os consumidores globais de soja estão contando com uma grande colheita na América do Sul para aliviar os apertados estoques globais. Em outubro, a Oil World previu a safra argentina de soja em 2013 em 56 milhões de toneladas, ante as 40,5 milhões de toneladas colhidas no início de 2012, quando uma seca afetou as lavouras. Os preços da soja atingiram níveis recordes em 4 de setembro depois que a seca arruinou lavouras dos EUA. Mas os preços saíram dos picos por expectativas de safra maior que esperado nos EUA e projeções de enormes aumentos na colheita da safra da América do Sul. "Ainda que os produtores façam todos o esforço para semear a soja mesmo mais tarde e com reduzido potencial de produtividade, ainda fica incerto o que eles de fato serão capazes de atingir", disse a Oil World. A Argentina é o terceiro maior produtor mundial de soja depois do Brasil e dos Estados Unidos, que competem pelo topo do ranking. O cenário para a soja no Brasil é melhor do que na Argentina, mas ironicamente algumas áreas no país precisam de mais chuva e podem enfrentar estresse se as precipitações não chegarem à região central nas próximas duas semanas, disse a Oil World. (Reportagem de Michael Hogan)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.