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SAIBA MAIS-Propostas da candidatura Marina Silva para a economia

Os assessores da nova candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, prometem para a área econômica uma abordagem mais ortodoxa e mais favorável ao mercado do que a adotada pela presidente Dilma Rousseff. O economista Eduardo Giannetti da Fonseca, principal assessor econômico de Marina desde a campanha presidencial de 2010, tem classificado a plataforma econômica da ex-senadora como muito similar a do candidato do PSDB, Aécio Neves, com quem está empatada tecnicamente na mais recente pesquisa eleitoral do Datafolha. Giannetti tem defendido as seguintes posições:

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Por Redação
Atualização:

MAIS DISCIPLINA FISCAL

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Apertar os gastos orçamentários da União, de modo a gerar um superávit primário --economia que o governo faz para pagar os juros da dívida-- que alivie as pressões inflacionárias e a necessidade de o Banco Central manter a taxa básica de juros em patamar elevado.

META DE INFLAÇÃO CONSISTENTE

O Banco Central deve ter autonomia para buscar levar a inflação para a meta, de modo a ganhar credibilidade e reduzir as expectativas de longo prazo para a inflação.

A atual meta de inflação é de 4,5 por cento ao ano, com uma banda de tolerância de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo. Giannetti disse que o BC no governo Dilma Rousseff tem sido "negligente" ao permitir que a inflação permaneça ao redor de 6,5 por cento, no teto da meta oficial.

"O teto se tornou o centro da meta", disse ele.

LIVRE FLUTUAÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO

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Ao permitir que o real flutue livremente em relação ao dólar, o Brasil pode se adaptar mais facilmente a mudanças na economia global, equilibrando o comércio exterior e a demanda doméstica.

No governo Dilma, o Brasil efetivamente tem adotado uma "flutuação suja" da taxa de câmbio, com o BC intervindo no mercado cambial para dar suporte a outros objetivos da política econômica, como ajudar os exportadores e controlar a inflação.

CORRIGIR PREÇOS ADMINISTRADOS

Acabar com a política que tem limitado a alta dos preços controlados traria alívio para o orçamento federal e as empresas estatais.

Em um esforço para controlar a inflação, as autoridades têm efetivamente subsidiado os preços da gasolina e da energia elétrica. O resultado disso tem sido pesadas perdas para a estatal de petróleo Petrobras, uma crise na indústria do etanol e socorros dispendiosos para as geradoras de energia.

(Reportagem de Brad Haynes)

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