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Saramago foi decisivo para valorização do idioma, diz Lula

Presidente ressaltou origem humilde e autodidatismo de escritor português

Foto do author Luci Ribeiro
Por Luci Ribeiro (Broadcast), da Agência Estado , com Efe e BBC
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou nesta sexta-feira, 18, em nota de pesar pelo falecimento do escritor José Saramago, que o escritor contribuiu de maneira decisiva para valorizar a Língua Portuguesa.  "Nós, da comunidade lusófona, temos muito orgulho do que o seu talento fez pelo engrandecimento do nosso idioma", declara.   

 

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"José Saramago contribuiu de maneira decisiva para valorizar a língua portuguesa. De origem humilde, tornou-se autodidata e se projetou como um dos maiores nomes da literatura mundial", disse Lula .

 

Para o presidente, Saramago, o único Nobel de Literatura em língua portuguesa, foi um intelectual "respeitado no mundo todo", que nunca "esqueceu suas origens" e foi um defensor "das causas sociais e da liberdade por toda a vida".

 

O presidente do México, Felipe Calderón, também lamentou a morte do escritor, para ele uma "dolorosa perda" para o pensamento humanista contemporâneo.

 

Em nota, Calderón diz que "a obra de José Saramago é uma referência indispensável na literatura universal, já que permite entender, através da imaginação e de uma ironia sutil, as transformações da sociedade".

 

O presidente de El Salvador, Mauricio Funes, e sua esposa, Vanda Pignato, destacaram a força das palavras de Saramago, sempre cheias de verdade. O casal afirmou em um comunicado que o escritor era um "amigo pessoal". "A notícia de sua morte nos comove e enche de tristeza a família presidencial e a sociedade salvadorenha", disseram.

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Em Cuba, intelectuais e imprensa qualificaram o escritor como "um amigo fiel" de Cuba até o último dia de sua vida.

 

A definição foi feita pelo presidente da União de Escritores e Artistas de Cuba (Uneac), Miguel Barnet, que disse à Agência Efe que, como escritor cubano, será agradecido para sempre.

 

Saramago, Nobel de Literatura em 1998, morreu hoje em sua casa, na Espanha, aos 87 anos. Seu corpo será cremado no próximo domingo, em Lisboa.

 

O escritor português e Prêmio Nobel de Literatura morreu hoje em sua casa em Lanzarote, nas Ilhas Canárias, Espanha, aos 87 anos de idade. Seu corpo está sendo velado na Espanha e será repatriado no sábado a Lisboa, onde será  levado em um cortejo fúnebre para o Salão de Honra da Prefeitura de Lisboa. O corpo permanecerá na capital até domingo, quando será cremado no cemitério do Alto de São João na capital.

 

Familiares do escritor anunciaram que depois suas cinzas serão repartidas entre seu povoado natal, Azinhaga, na região central de Portugal, e em sua casa em Lanzarote, onde ficarão enterradas junto a uma oliveira.

 

Notícia atualizada às 21h24 para acréscimo de informações

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