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Sargento diz que apelou por vida de jovens no morro

Por Marcelo Auler
Atualização:

Um sargento reformado do Exército disse ter ligado para o celular de um dos três jovens do Morro da Providência (Zona Portuária do Rio), mortos no Morro da Mineira (bairro do Rio Comprido), no sábado, 14 de junho. Um dos traficantes respondeu: "Perdeu! perdeu! É o CV!". O suboficial, morador da Providência, foi a última testemunha ouvida hoje no Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado para apurar o assassinato de Wellington Gonzaga da Costa Ferreira, com 19 anos de idade, David Wilson Florenço da Silva, 24 anos, e Marcos Paulo Rodrigues Campos, 17 anos. Os jovens foram entregues para traficantes do Morro da Mineira por ordem do tenente Vinicius Gidhetti de Moraes Andrade, que os tinha detido no Morro da Providência por desacato. Segundo o relato da promotora militar Hevelize Jourdan Covas, o sargento tentou convencer os traficantes a libertarem os jovens: "ele pediu para não fazerem crueldade, pois todos eram rapazes do bem". O sargento também informou ao capitão Fábio Henrique Peçanha Azevedo, encarregado do IPM, que o Exército já há algum tempo cometia excessos dentro do Morro da Providência.

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