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Sazonalidade explica prejuízo da ALL no 4º trimestre

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Por Redação
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A operadora logística ALL teve prejuízo de 32,5 milhões de reais no quarto trimestre, ante prejuízo um ano antes de 40,6 milhões de reais no resultado pró-forma, informou a companhia nesta terça-feira. Para a companhia, entretanto, o prejuízo no último trimestre do ano é "natural" por conta da sazonalidade do período, segundo o diretor de relações com investidores, Rodrigo Campos. "As exportações começam a descrescer bastante... é um padrão normal dentro do negócio", afirmou o executivo à Reuters. No fechado de 2011, o lucro líquido cresceu 2,3 por cento, para 244,9 milhões de reais. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de 274,1 milhões de reais, alta de 11,2 por cento sobre o mesmo período do ano anterior. A margem foi de 36,9 por cento, avanço sobre os 36,1 por cento de um ano antes. A receita líquida do quarto trimestre somou 742,4 milhões de reais, alta de 8,7 por cento sobre o faturamento pró-forma de um ano antes. No acumulado do ano, a receita somou 3,2 bilhões de reais, crescimento de 9,3 por cento. Os resultados pró-forma do quarto trimestre e do ano de 2010 contabilizam as empresas Brado e Ritmo como se já tivessem sido criadas nesse períodos, segundo a ALL. O volume transportado pelas operações ferroviárias da ALL no Brasil, onde está a maior parte da malha da companhia, cresceu 7,7 por cento no quarto trimestre, enquanto no ano o volume subiu 8,2 por cento, abaixo da meta de longo prazo da companhia de expansão de 10 por cento. "Não conseguimos crescer volume por meio de novos projetos no nível que precisaríamos para compensar a redução da atividade industrial durante o ano", afirmou a ALL no balanço. Para 2012, a companhia estima um cenário "um pouco mais difícil", com uma queda no volume na área de atuação de cerca de 5 por cento. "O ano será mais difícil em termos de mercado, mas a gente espera crescer em market share", disse Campos. Para o segmento industrial, a ALL deve mostrar crescimento por meio de novos projetos, como o contrato assinado com a sul-matogrossense Eldorado Celulose para o transporte do insumo até o Porto de Santos (SP). "O potencial de ganho de participação de mercado (no segmento industrial) é muito grande", afirmou. COSAN A chegada da Cosan ao bloco controlador da ALL não deve afetar em nada os planos da companhia. "Continuamos com a mesma cultura, o mesmo objetivo e então a gente continua da mesma forma", afirmou Campos. "É uma negociação entre acionistas e não é a primeira desde que a companhia foi criada", disse. Entretanto, o diretor de RI lembra que a Cosan é um player importante em logística, "não apenas em agrícola, mas em combustíveis também, então ela pode contribuir conosco". No final de fevereiro a Cosan acertou, em negociação que levou por volta de um mês, a aquisição de quase 39 milhões de ações da ALL por um total de 896,5 milhões de reais, ajustado pelo IPCA. (Por Carolina Marcondes)

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