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SC tem 2º maior índice de mortes nas estradas, diz Ipea

Pesquisa mostra que Estado perde apenas para Minas Gerais em número de mortes em acidentes de estradas

Por Rodrigo Brancatelli
Atualização:

As 27 pessoas que morreram na noite de terça-feira, 9, na BR-282, em Santa Catarina, engrossam uma triste estatística, que teima em não cair mesmo após dez anos da implantação do Código de Trânsito Brasileiro. Santa Catarina é o segundo Estado que mais mata pessoas em estradas federais e estaduais no País - ano passado, 1.183 perderam a vida, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base nos dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e das Polícias Rodoviárias.    Cinegrafista morto em acidente ainda tentou ajudar no resgate  Dor e revolta no velório de bombeiros e voluntários  Sai lista dos 27 mortos em duplo acidente em SC   O número só é menor do que o de Minas Gerais, o campeão em tragédias nas estradas, com 2.335. Se for levado em conta os 1,3 milhão de quilômetros de rodovias, o Brasil mata em média 40 pessoas por dia em acidentes. O cálculo do Ipea une o total de mortes em rodovias federais e a estimativa de mortes nas estaduais no ano passado. A cada 1.000 acidentes nas estradas federais, 772 pessoas ficam feridas, 58 morrem na hora e 37 morrem no hospital. O prejuízo causado aos cofres públicos é de R$ 22 bilhões ao ano - estão incluídos gastos com saúde e resgate, a reabilitação, os danos aos veículos, a perda da carga do caminhão, a remoção do veículo e o translado da carga e até a perda de produção da pessoa que fica sem trabalhar. Uma vítima fatal chega a custar R$ 281.216 para o governo. Relatório divulgado em 2004 pela Organização Mundial de Saúde alertava para o aumento de acidentes em rodovias. A projeção é de que, se nada for feito, as mortes e seqüelas causadas por acidentes de trânsito ocuparão a terceira posição no ranking mundial - hoje é a nona. O índice de mortes por 1 mil quilômetros em rodovias é de 10 na Itália, 6,56 nos Estados Unidos e de até 3,3 no Canadá. No Brasil é de 106,79.

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