Michael Schumacher deveria ter permanecido fora da Fórmula 1 em vez de arriscar sua reputação em um retorno frustrante pela Mercedes, disse Bernie Ecclestone nesta sexta-feira. "Eu preferia que ele tivesse parado como heptacampeão do que como parou agora", afirmou o chefe comercial da F1 em entrevista ao site oficial da categoria. "As pessoas novas no esporte, pessoas que se juntaram à torcida da F1 recentemente, lembrarão de Michael agora, não como ele era. Elas não veem o herói que ele foi, mas o humano que pode falhar", acrescentou o dirigente de 82 anos. Schumacher se aposentou pela segunda vez no Grande Prêmio do Brasil, em novembro, depois de terminar o campeonato de 2012 em sétimo lugar. Em três anos com a Mercedes, ele conseguiu subir ao pódio apenas uma vez, sem nenhuma vitória para acrescentar às 91 que ele obteve na F1. O alemão de 43 anos havia encerrado a carreira em 2006, quando estava na Ferrari e tinha conquistado cinco títulos na sequência. Seus dois primeiros campeonatos foram vencidos com a equipe Benetton na década de 1990. Ecclestone, cujo futuro no esporte tem sido cada vez mais questionado devido a problemas legais e à medida que fica mais velho, traçou um paralelo com sua própria situação, embora tenha deixado claro que não tem planos de se retirar. "Acho que o importante é...saber quando você não pode mais fazer o que estava acostumado e então entregar (as tarefas) para alguém. Espero que eu possa fazer isso: quando eu sentir que não posso, certamente direi adeus", disse. "Provavelmente a coisa ruim comigo é que eu fiz muito esforço para construir a Fórmula 1 como ela é agora, então é meu bebê e quero cuidar. Mais cedo ou mais tarde teremos que encontrar uma babá. Quando será, quem sabe? Estou em muito boa forma", completou. (Reportagem de Alan Baldwin)