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Segundo pesquisas, Cristina Kirchner mantém liderança

Levantamentos mostram que candidata pode levar eleições no 1º turno, que acontece no próximo domingo

Por Marcia Carmo
Atualização:

A uma semana das eleições presidenciais argentinas, uma série de pesquisas de intenção de voto divulgadas no fim de semana mostram que a primeira-dama e senadora Cristina Fernández de Kirchner mantém a liderança e pode ganhar ainda no primeiro turno.    Veja também:  As eleições argentinas  Onze levantamentos foram divulgados pelos quatro principais jornais do país - Clarín, La Nación, Página 12 e Perfil - e em todos a candidata da Frente para a Vitória lidera com boa vantagem para a segunda colocada, Elisa Carrió, da Coalizão Cívica. As pesquisas mostram ainda o ex-ministro da Economia do atual governo, Roberto Lavagna, na terceira posição, e Alberto Rodríguez Saá, da Frente Justicialista União e Liberdade, na quarta. Embora esse ranking não se altere de uma pesquisa para outra, a proporção de votos de cada candidato varia bastante. Na maior parte dos levantamentos, no entanto, Cristina Kirchner tem uma vantagem suficiente para vencer no primeiro turno. Para ser eleita no dia 28 de outubro, a esposa do presidente Néstor Kirchner precisa obter 45% do total dos votos ou então 40% do total e uma vantagem de 10 pontos percentuais sobre o segundo colocado.   Diferenças nas pesquisas A candidata mostra em todas as pesquisas uma forte liderança sobre os outros políticos, com uma vantagem que varia entre 13 pontos percentuais e 32 pontos percentuais, dependendo do levantamento. Ela também obteve mais de 40% das intenções de voto na maioria das pesquisas. A única ameaça para a vitória parece vir da flutuação no total de votos que ele deve receber. O levantamento da Universidade Aberta Interamericana (UAI), publicada no jornal Perfil, mostra Cristina com 32,9% das intenções de votos, e Carrió com 19,3%. Em outras duas das onzes pesquisas, a candidata aparece com pouco menos de 40% do total de intenções de votos, o que não seria suficiente para encerrar a disputa. O trabalho da UAI apresenta ainda uma tendência de queda da candidata na última semana. No levantamento anterior ele tinha 37,9% das intenções de voto. Para o diretor da pesquisa, Raul Aragón, a campanha eleitoral discreta realizada por Cristina e a apatia do eleitorado justificariam a queda de 5 pontos percentuais. "Num primeiro momento, a tendência foi de transferência dos possíveis votos em Kirchner para sua mulher. Mas à medida que a eleição se aproxima essa tendência muda, com maior apatia do eleitorado", disse. No entanto, as outras pesquisas não mostram a mesma tendência. Na verdade, o padrão tem sido a estabilidade ou mesmo um pequeno crescimento da candidatura da favorita. É o caso dos números da empresa Poliarquia, segundo a qual Cristina venceria com 40,9% da votação, o que representa uma pequena subida de 1,1% (dentro da margem de erro) da candidata em relação ao levantamento anterior. A mesma pesquisa mostrou que a oposição cresceu 8,3%, em seu conjunto, mas segundo uma avaliação da própria Poliarquia o ritmo de evolução da oposição não parece ameaçar Kirchner. Na última semana, segundo esse levantamento, a oposição conseguiu conquistar mais votos entre os indecisos do que a candidata. O problema para os oposicionistas é que esses votos estão divididos entre vários candidatos e o fato da candidata também ter subido. Além disso, a maioria das pesquisas mostram que a rejeição a ela é baixa.   BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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