Senador considera 'emblemático' caso de pedofilia em AL

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Por RICARDO RODRIGUES
Atualização:

O senador Magno Malta (PR-ES), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga os casos de pedofilia no Brasil, foi para Alagoas para ouvir os depoimentos dos religiosos acusados de abuso sexual contra ex-coroinhas, no município de Arapiraca, a 146 quiLômetros de Maceió. Malta foi acompanhado de outros senadores integrantes da CPI.Para Magno Malta, o caso é "emblemático", principalmente porque envolve autoridades religiosas e obrigou o papa Bento XVI a se manifestar sobre a possível existência de pedofilia na Igreja Católica do Brasil. "Não podemos responsabilizar a Igreja Católica e nenhuma religião pelos erros praticados por seus dirigentes. Mas se eles erraram, devem ser punidos", afirmou.Eles desembarcaram hoje à tarde no Aeroporto Zumbi dos Palmares, de onde seguiram direto para Arapiraca. Os senadores da CPI da pedofilia devem ouvir, a partir de amanhã, os acusados e as vítimas, além de autoridades e testemunhas dos supostos casos de pedofilia envolvendo dos monsenhores e um padre do município.Pelo menos 17 pessoas já foram convocadas para prestarem depoimentos aos senadores da CPI da Pedofilia. Entre os convocados para depor estão os monsenhores Luiz Marques Barbosa e Raimundo Gomes, além do padre Edilson Duarte, todos acusados de pedofilia. Além deles, também devem ser ouvidos 12 testemunhas e vítimas, entre maiores e menores de idade.As delegadas encarregadas do caso, Bárbara Arraes Monteiro e Maria Angelita, também devem prestar depoimento, segundo afirmou o secretário-executivo da CPI da Pedofilia, José Augusto Panisset. "Os depoimentos terão início nesta sexta-feira e todos os convocados devem comparecer para serem ouvidos", afirmou, sem adiantar detalhes. Os trabalhos da CPI em Arapiraca devem durar até domingo.

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