
25 de maio de 2011 | 19h05
Da tribuna, Alvaro Dias disse que esperou o comparecimento do ministro da Educação, Fernando Haddad, na Comissão de Educação, na semana passada, mas ele não compareceu. Alvaro Dias lembrou que o artigo 37 da Constituição, que trata dos princípios da moralidade e da impessoalidade, não considera "moral" a atitude do órgão público de aprovar material didático que faz apologia de um partido político em detrimento de outro. "De igual modo, tampouco é impessoal a atitude do ministério."
O senador afirma que se criou a ideia de tratar-se apenas um livro e não de vários, como é o caso. "São vários livros, além daquele que traz os erros crassos de português, como o que autoriza os alunos a falar sem concordância, como é o caso dos livros ilustrados, dizendo que a falta do plural pode ser alvo de preconceito linguístico", afirmou.
Além de ignorar normas da língua portuguesa, Dias acusa o Ministério da Educação de "instalar um comitê eleitoral", ao adotar material didático com "proselitismo político afrontoso à Constituição". Segundo ele, em todos os livros, critica-se na maior parte das vezes a gestão do ex-presidente Fernando Henrique e se elogia o governo do ex-presidente Lula.
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