Servidores da prefeitura de BH iniciam greve

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Por MARCELO PORTELA
Atualização:

Servidores da Prefeitura de Belo Horizonte iniciaram uma greve que está prevista para ser mantida "pelo menos até o dia 14", segundo o sindicato da categoria. O movimento foi decidido em assembleia realizada nesta terça-feira, 6, no centro da capital, seguida de passeata pelas principais vias da região - que, de acordo com a Polícia Militar, contou com a participação de cerca de 2 mil pessoas.Em nota, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel) afirmou que aderiram à greve profissionais de áreas como educação, saúde, limpeza urbana, fiscalização e administração, entre outras. De acordo com a entidade, nas unidades de saúde será mantida escala mínima de 30% para garantir o funcionamento.Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 15%, além do aumento no valor do vale-alimentação dos atuais R$ 17 para R$ 28. A greve foi deflagrada após os servidores reunidos na assembleia rejeitarem proposta da prefeitura de reajuste de 5,56% nos salários e do acréscimo de R$ 1 no vale alimentação, ambos valendo a partir de outubro. Ainda segundo o Sindibel, há uma "grande disparidade de salários" no Executivo municipal, que "privilegia os que ganham mais".Dados da entidade mostram que cerca de 15 mil dos 45 mil servidores ganham entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, enquanto 600 profissionais com cargos de procuradores e auditores fiscais (1,3% do total de trabalhadores) têm salários superiores a R$ 15 mil. "Para boa parte desses poucos servidores a prefeitura concedeu, retroativos a janeiro, reajustes que chegam a até cerca de 30%", diz a nota.Também por meio de nota, a prefeitura informou que o reajuste oferecido aos trabalhadores corresponde à inflação de 2013, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e que o aumento no vale alimentação supera o índice pois representa aumento de 5,88% no valor atual. E salientou que outras reivindicações específicas de cada categoria ainda "estão sendo discutidas" porque "demandam estudos técnicos e jurídicos" para serem implementadas.

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