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Situação da indústria japonesa de TV mina esperanças da Sharp

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Por Redação
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As ações da Sharp chegaram ao menor nível delas desde 1976 aos despencarem quase 30 por cento nesta sexta-feira, e os investidores passaram a questionar se a última grande fabricante japonesa de LCD para televisão sobreviverá ao declínio da indústria de TV no país. Um dia após a companhia centenária ter previsto um prejuízo operacional de 100 bilhões de ienes (1,28 bilhão de dólares) para este ano fiscal, a Moody's e a Standard & Poor reduziram a classificação de crédito da Sharp. A Fitch avisou que os papéis da fabricante podem cair para a categoria "junk" se a reestruturação não sair do papel. Os crescentes prejuízos da Sharp, que está ficando menos competitiva diante de companhias da Coreia do Sul e outros paises, obrigaram-na a correr atrás de uma nova injeção de capital. Analistas dizem que o futuro da Sharp pode depender de mais investimentos da Hon Hai --subsidiária da Foxconn-- na companhia. A Standard & Poor vai considerar essa parceria, além de outros fatores quando decidir se reduzirá ou não a classificação BBB da Sharp. "A Sharp recebeu ajuda da Hon Hai e pode precisar de mais", previu o presidente-executivo da Fukoku Mutual Life Insurance, Yuuki Sakurai. "Os fabricantes japoneses de TV estão presos demais ao passado. Enquanto continuarem a depender de TV, terão concorrência acirrada", acrescentou. Ao prever um prejuízo operacional de 100 bilhões de ienes neste ano fiscal e anunciar 5 mil demissões, as primeiras em seis décadas, a fabricante ressaltou na quinta-feira que ainda tinha o apoio dos importantes bancos Mizuho e Mitsubishi UFJ. Os investidores não se convenceram e começaram a vender ações. A queda na sexta-feira foi de 28 por cento, para 192 ienes, a cotação mais baixa em 36 anos, o que reduziu o valor de mercado da companhia em mais de 1 bilhão de dólares, para 2,72 bilhões. (Por Tim Kelly)

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