ATAQUES E RISCO DE "VITIMIZAÇÃO"
Mas além de cuidar dos seus, a candidata terá que enfrentar uma dura batalha nessa reta final da campanha, com desqualificações políticas e pessoais que farão parte do arsenal dos seus adversários.
Marina decidiu não partir para o contra-ataque e continuará sua toada propositiva, mas responderá às críticas para que o eleitorado não acredite em tudo que petistas e tucanos disserem.
"Nós achamos que isso são firulas da campanha, esforços de desqualificação sem substância, sem conteúdo. Às vezes, manifestações de enorme preocupação (dos adversários) pelo crescimento dela (nas pesquisas)", disse à Reuters o coordenador da campanha, Walter Feldman.
Há uma preocupação forte na campanha com o uso das redes sociais para espalhar boatos e acusações contra Marina. Nesse caso, segundo Albuquerque, será usado o programa de TV para alertar o eleitorado contra os ataques, pedindo que acesse os canais oficiais da campanha. Marina tem apenas 2 minutos e 3 segundos de tempo na TV, enquanto Dilma conta com 11 minutos e 24 segundos e Aécio, 4 minutos e 35 segundos.
Um dos estrategistas da campanha afirmou que não será montada uma estratégia oficial específica para enfrentar a campanha negativa na Internet.
Já está definido também que quando for para subir o tom contra um adversários os aliados entrarão em campo. Foi assim quando o programa de TV do PT comparou Marina aos ex-presidentes Fernando Collor de Mello e Jânio Quadros, que não concluíram seus mandatos e, de acordo com a campanha petista, representavam o "partido do eu sozinho".
A própria Marina foi a primeira a responder a esses ataques, durante uma sabatina a um jornal em São Paulo, lembrando a inexperiência eleitoral de Dilma há quatro anos. [nL1N0R327H]
Mas as respostas duras e pesadas vieram de Albuquerque e o presidente do PPS, Roberto Freire, acusando o PT de "golpismo". [nL1N0R401T]
Na campanha de Marina também há uma convicção de que os ataques dos adversários podem inclusive ajudá-la. PT e PSDB realmente têm preocupações nesse sentido, porque acreditam que vitimizá-la pode tornar seu eleitorado mais consolidado.
Albuquerque nega que a campanha aposte numa estratégia de vitimização da candidata para se beneficiar dos ataques.
"Não é vitimização. O que acontece é que as pessoas estão cansadas disso, desse jogo de desqualificações, de ataques", afirmou o candidato a vice.
"Se a baixaria crescer, o presente para quem está atacando pode ser a fatura ser liquidada antes do segundo turno", acrescentou Albuquerque.