Sobe para 12 o número de mortos em operação em favela do RJ

Balanço indica que uma criança, um policial e dez suspeitos de envolvimento com o tráfico morreram

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Por Felipe Werneck
Atualização:

O mais recente balanço sobre a operação da Polícia Civil na Favela da Coréia, zona oeste do Rio de Janeiro, indica que 12 pessoas foram mortas nesta quarta-feira, 17, em tiroteios com traficantes. Segundo dados policiais, uma criança, um policial civil e dez suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas foram baleados e morreram. O governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), defendeu a operação, apesar da morte de Jorge Kauã Silva de Lacerda, de 4 anos. "É assim que temos trabalhado, não se entra numa comunidade sem antes fazer um trabalho prévio sobre a ação que será desenvolvida. Mas evidentemente é sempre um drama muito sério, porque são comunidades com pequenas ruas, vielas, casas coladas. E temos sempre o risco de o criminoso atirar no inocente." O governador do Rio argumentou que a polícia estava na favela "para defender os inocentes, para livrar essas comunidades da barbárie". Ele disse que a orientação "é sempre a de preservar a vida de inocentes, obviamente, e de trabalhar com inteligência e informação". Segundo Cabral, "comprovadamente" traficantes atiram aleatoriamente em inocentes para provocar uma reação da opinião pública contra a ação policial. Ele também acusou o tráfico de pressionar e obrigar a população local a fazer manifestações contra a polícia, e disse que o combate à criminalidade em favelas será permanente. "O secretário da Segurança, José Mariano Beltrame, tem carta branca para agir e o meu estímulo para que trabalhe cada vez mais nessa direção", declarou. "Não tem mágica. É um trabalho que começou e não vai parar, de combate à militarização nessas comunidades. São criminosos que deixam não só as comunidades como toda a cidade em pânico, e temos que combatê-los."

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