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Sobe para 4 número de mortos pela chuva em São Paulo

Duas vítimas morreram afogadas e dois homens foram eletrocutados por causa da chuva de sábado

Por Da Redação e com informações de O Estado de S. Paulo
Atualização:

A chuva que castigou São Paulo no sábado provocou quatro mortes na Grande São Paulo. A tempestade alagou ruas, arrastou carros, derrubou árvores e deixou casas sem luz. Ontem, apesar de menos intensa, as pancadas e trovoadas voltaram a causar transtornos. Pontos de alagamento interditaram por uma hora a Rodovia Raposo Tavares, provocando congestionamentos. A partir das 16h52, o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), mais uma vez, decretou estado de atenção na cidade. Veja também: Árvores causam 300 cortes de luz por dia Previsão é de chuvaGaleria: confira fotos dos estragos da chuvaTodas as notícias sobre vítimas das chuvas       Somente no domingo foi identificada Jeovanice Marques de Carvalho, de 52 anos. Ela morreu afogada dentro da própria casa, em Americanópolis, na zona sul de São Paulo. Por volta das 18 horas do sábado, Jeovanice estava em casa, na Rua Jorge Rubens Neiva de Camargo, com a irmã, a enfermeira Janete Carvalho, de 44 anos. A casa era protegida por comportas de metal. Quando começou a chover, Jeovanice correu para levantar a barreira, mas a água do córrego já havia invadido a residência. Ela empurrou a irmã para fora de casa, mas não conseguiu sair. A morte de Jeovanice causou protestos entre os moradores das proximidades do Córrego do Cordeiro. A Rua Antônio de Pinho foi bloqueada pelos manifestantes. Eles alegaram que a elevação do piso de uma praça provocou a enchente. A Subprefeitura de Cidade Ademar informou que toda a extensão do córrego teve problema de vazão - a reforma na praça não teria ampliado o problema. Segundo a subprefeitura, há a previsão de construção de 8 piscinões ao longo do córrego. Segundo os moradores, a água atingiu pouco mais de 1 metro de altura e invadiu praticamente todas as casas do bairro. Eletrocutados Em Santo André, na região do ABC paulista, dois homens foram eletrocutados. Daniel Cremon, de 21 anos, e Rubesnei Aguiar, de 45, receberam uma descarga elétrica por volta das 22 horas, na Rua Augusto Buschi, no centro. Cremon e uma amiga estavam em um ônibus quando o temporal apertou. Ele decidiu descer do veículo descalço. A moça não tirou sua sandália de plástico. Na frente de um poste de sinalização de trânsito, eles foram atingidos por uma forte descarga elétrica. A sandália de plástico salvou a garota. O choque fez Cremon cair inconsciente. Rubesnei passava pela rua e tentou socorrer o rapaz. Assim que encostou na vítima, recebeu a mesma descarga elétrica e morreu na hora. Segundo o boletim de ocorrência, uma perícia preliminar realizada com a ajuda da Eletropaulo verificou que um fio descascado no poste, por onde passava uma corrente de 215,3 volts, provocou as mortes. Também no sábado, na Rodovia Anchieta, altura do km 28, em São Bernardo do Campo, um jovem de 21 anos perdeu o controle do carro e caiu na Represa Billings. Mergulhadores do Corpo de Bombeiros tentaram resgatá-lo, mas ele já estava morto quando o carro foi encontrado. Segundo os bombeiros da cidade, chovia na hora do acidente. A região oeste e o centro foram as áreas da capital mais afetadas pela chuva de anteontem. Os bairros que mais sofreram foram Butantã, Bom Retiro, Lapa e Sé. Na média da cidade, choveu no sábado o equivalente a 29,03 milímetros entre 18 e 20 horas. O volume está dentro do previsto para a época, segundo o técnico em meteorologia Thomáz Garcia. Ontem, foram registrados apenas três pontos de alagamento - no sábado, houve 55. Shopping O Shopping Interlagos, na zona sul de São Paulo, funcionou normalmente ontem. Na noite de sábado, um dos corredores, com cerca de 50 lojas, teve de ser interditado porque parte do teto na frente de uma das lojas desabou e houve vazamento em outra área. A loja de roupas Khelf, entretanto, não abriu. De acordo com funcionários, o problema da véspera - que seria uma calha que estourou, inundando o interior - já havia sido resolvido, mas eles estavam trabalhando de portas fechadas para arrumar o local.

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