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SP terá meta para alfabetizar aos 7 anos

Por Paulo Saldaña
Atualização:

O governo do Estado de São Paulo vai adotar a partir deste ano a meta de alfabetização de todos os alunos até os 7 anos, quando a criança está no 2.º ano - enquanto o governo federal estipulou esse limite aos 8 anos. Para isso, a Secretaria do Estado de Educação criou uma nova prova para alunos dessa faixa.A nova avaliação no 2.º ano integra o Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) e ocorre em outubro. Até o ano passado, a avaliação estadual da rede era aplicada nos 3.º, 5.º, 7.º e 9.º anos do ensino fundamental e da 3.ª série do ensino médio.O compromisso é ter 100% das crianças de 7 anos alfabetizadas, mas os prazo para que isso ocorra só será traçado após o Saresp. "Não podemos estabelecer meta sem olhar informações concretas", explica Maria Lucia Guardia, coordenadora de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional da Secretaria de Educação.Segundo o Estado, a meta será alcançada com o programa Ler e Escrever, já em vigor na rede. Não há previsão de recursos adicionais para projetos. No ano passado, o governo federal lançou o Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), estipulando os 8 anos como limite para alfabetização. O Pnaic prevê investimento de R$ 2,7 bilhões em formação, além de materiais específicos.Maria Lucia defende que São Paulo já tem um programa, o Ler e Escrever, e por isso não há necessidade de uma nova ação. "Quando a gente estabelece esse compromisso é porque temos bons resultados no 3.º ano, o que nos leva a exigir mais de nós mesmos. A criança pode aprender e temos informações que podemos ter esse avanço." De acordo com a pasta, o Estado alcançou o índice de 95% de alfabetização esperada na faixa dos 8 anos, no 3.º ano, no Saresp. O Estado considera alfabetizado quem alcançou a partir do nível básico em uma escala que vai de abaixo do básico, básico, adequado e avançado. Já a Prova ABC, realizada pela ONG Todos Pela Educação, indica que 57,1% dos alunos do 3.º ano têm desempenho adequado em leitura e só 36,2% em escrita.A diretora do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, diz que é importante ter articulação com o programa federal, para não haver confusão. "É bom que São Paulo sinalize que quer mais. O que não pode é baixar a barra para atingir as metas." A rede estadual tem 1.587 escolas com os primeiros anos, onde 135,6 mil devem fazer a nova avaliação. Como o Saresp é aberto para adesão dos municípios, o governo espera avaliar ao todo 300 mil crianças nessa fase. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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