SPMar receberá até R$1,1 bi de JV formada por Bertin e Atlantia

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Por CAROLINA MARCONDES
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As joint-ventures criadas pelo grupo brasileiro Bertin e a italiana Atlantia no segmento de rodovias não incluem a concessionária da Bertin SPMar. Mesmo assim, uma delas irá financiar a responsável pela administração do trecho sul do Rodoanel Mário Covas e pela construção do trecho leste em até 1,1 bilhão de reais. Na manhã desta segunda-feira, a italiana Atlantia anunciou que chegou a um acordo com o grupo Bertin para criar uma joint-venture no Brasil para unir as respectivas participações em autoestradas brasileiras em um polo de mais 1,5 mil quilômetros de concessões. Segundo o diretor financeiro para a área de concessões do Grupo Bertin, Alexandre Tujisoki, a SPMar ficou de fora da joint-venture por conta de restrições de transferência de controle de uma concessão nova. "Mas a joint-venture terá a opção de trazer a SPmar para dentro depois da conclusão do trecho leste do Rodoanel, em março de 2014", disse Tujisoki a jornalistas nesta segunda-feira. De acordo com ele, a joint-venture, de nome ainda a ser definido, tem até meados de 2016 para exercer essa opção. A disponibilidade dos 1,1 bilhão de reais do empréstimo da joint-venture é "imediata", de acordo com o executivo. A operação prevê que a Atlantia terá em uma nova sociedade os 100 por cento do Triângulo do Sol (SP) e que fará um aumento de capital na companhia de 236 milhões de reais. Atualmente o grupo tem 80 por cento do capital do Triângulo do Sol mas, em virtude de um acordo com o sócio Leão & Leão, vai adquirir os 20 por cento restantes. A Cibe, empresa que pertence ao Grupo Bertin, entrará com as seguintes participações na sociedade: 100 por cento da Colinas (titular da concessão de 307 quilômetros em São Paulo até 2028), e 100 por cento da Nascentes das Gerais, que administra 372 quilômetros em Minas Gerais sob concessão com validade até 2032. Além disso, será criada uma segunda holding que vai administrar exclusivamente a Rodovias do Tietê, visto que a Cibe possui apenas 50 por cento da concessão, enquanto a portuguesa Ascendi tem a metade restante. As duas joint-ventures, considerando-se dívidas e aportes de capital, devem ter um valor de 3,3 bilhões de reais. "Essa transação faz sentido porque nós estamos nos unindo a uma empresa que tem reconhecidamente know-how em concessões de rodovias... um parceiro estratégico agrega mais, traz sinergias para o negócio", afirmou o diretor-financeiro. De acordo com Tujisoki, a conclusão da criação das joint-ventures deve ocorrer em um prazo de 45 a 60 dias. (Por Carolina Marcondes)

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