Subsecretário prevê nova epidemia de dengue no Rio

Estratégia será 'minimizar' os efeitos da epidemia e tentar a integração com administrações locais

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Por Ligia Formenti
Atualização:

O Rio de Janeiro está a caminho de uma nova epidemia de dengue, avisou nesta terça-feira, 4, o subsecretário de Assistência à Saúde do estado, Manuel Roberto Cruz. Diante do recente levantamento sobre infestação do mosquito transmissor, o Aedes aegypti, ele reconheceu não haver formas de se evitar um aumento significativo de casos, sobretudo no Rio. A estratégia será "minimizar" os efeitos da epidemia e tentar a integração com administrações locais para se reduzir o máximo possível o número de criadouros. Veja também:O avanço da dengue no Brasil  As doenças hemorrágicas no mundo  "Todos setores públicos têm de dar sua contribuição", disse ele, em Brasília, pouco antes de participar do debate Combate à Dengue: Descentralização, Responsabilidade e Controle, promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O discurso foi repetido pelo futuro secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann. "Não temos a menor condição de prevenir a epidemia. Quando assumirmos ela já deverá estar em curso", disse. E, assim como Cruz, ele afirmou que a prioridade será reduzir os danos. O pessimismo é justificado por dois fatores: o alto número de criadouros e o pequeno contingente de agentes sanitários encarregados de combater o mosquito e fazer a prevenção. A estimativa é de que no Rio estejam em atividade cerca de 1.500, mas seriam precisos 2.800, de acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria estadual, Victor Berbara. Nesta semana, parte dos 2.500 bombeiros mobilizados para a prevenção devem começar os trabalhos. Outros 500 novos agentes estaduais deverão entrar em atividade.

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