Superávit comercial do país deve cair 31% em 2009, prevê AEB

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Por Redação
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O superávit da balança comercial brasileira deve diminuir 30,8 por cento este ano, para 17,12 bilhões de dólares, prevê a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). A cifra resultará de exportações de 163,15 bilhões de dólares (queda de 17,6 por cento frente a 2008) e importações de 146,03 bilhões de dólares (baixa de 15,7 por cento). "Os dados projetados para a balança comercial em 2009 refletem a volatilidade e instabilidade econômica vigentes nos mercados doméstico e internacional, e espelham os impactos negativos de uma crise com diferentes ramificações em toda a economia global", destacou a AEB, ponderando que a incerteza decorrente da crise externa pode alterar as projeções. No ano passado, o superávit comercial foi de 24,735 bilhões de dólares --o menor desde 2002 e com recuo de 38,2 por cento em relação a 2007. Mesmo com a recente queda das cotações, as commodities ainda serão maioria nas exportações brasileiras, segundo a AEB. Para a associação, o câmbio deve oscilar entre 2,30 reais e 2,50 reais por dólar este ano e a crise externa só deve começar a se dissipar "lentamente" em 2010. Entre os produtos exportados pelo Brasil, a maior queda prevista em 2009 deve vir dos básicos (21,7 por cento frente a 2008), seguida pelos semimanufaturados (21,3 por cento) e pelos manufaturados (12,9 por cento). Na importação, combustíveis e lubrificantes devem tombar 34,2 por cento; bens de consumo duráveis de 22,3 por cento; bens de capital 13,8 por cento, matérias-primas e intermediários devem sofrer queda de 9,4 por cento e bens de consumo não-duráveis, de 7,7 por cento. O governo não divulgou uma meta em dólares para as exportações brasileiras em 2009, como costuma fazer, devido à intensa oscilação dos preços internacionais das commodities. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o objetivo é manter a quantidade embarcada em 2008 e 2007, de cerca de 460 milhões de toneladas. O mercado financeiro espera superávit de 14,5 bilhões de dólares este ano, segundo o último relatório Focus. (Por Daniela Machado)

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