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Surto de bactéria fecha UTI de 2 hospitais no Recife

Por Angela Lacerda
Atualização:

A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) determinou o fechamento das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) dos hospitais públicos Barão de Lucena e Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco (Procape) depois de detectar a presença da bactéria Enterococcus faecium em cinco pacientes. A UTI do Hospital Agamenon Magalhães, que havia sido fechada em agosto pelo mesmo motivo, foi liberada hoje. A bactéria, resistente a antibióticos, vive normalmente no intestino e não causa doenças em pessoas saudáveis. Contudo, em pacientes debilitados, pode provocar infecção urinária, contaminar cirurgias e se espalhar pelo sangue. O "surto controlado" se limita aos dois hospitais. Em março foi detectada a presença da bactéria pela primeira vez em Pernambuco. Desde então, a Secretaria de Saúde estadual registrou 27 casos. Dos cinco novos casos, dois foram constatados no Hospital Barão de Lucena e três no Procape. Pacientes novos só serão recebidos nas UTIs dos dois hospitais depois que os pacientes com a bactéria tiverem alta. O tratamento dura pelo menos 21 dias. Além de orientar a desinfecção e isolamento dos casos, a Apevisa tem promovido treinamento intensivo dos profissionais dos hospitais públicos como forma de prevenir a disseminação da bactéria. O gerente da Vigilância Sanitária do Estado, Jaime Brito, acredita que o primeiro caso detectado, no Hospital Agamenon Magalhães, foi de um paciente que já trouxe a bactéria com ele. A auto-medicação, segundo ele, é um dos fatores que levam à resistência da bactéria a antibióticos. A infecção pela bactéria pode levar a óbito.

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