Tarso evita falar sobre morte de sem-terra no RS

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Por Sandra Hahn
Atualização:

O ministro da Justiça, Tarso Genro, evitou hoje avaliar a ação da Brigada Militar (BM, a Polícia Militar gaúcha) na desocupação da Fazenda Southall, onde um sem-terra foi morto a tiros na sexta-feira, e disse que precisa aguardar a apuração dos fatos. "Não posso me manifestar previamente", afirmou. Ao mesmo tempo, o ministro explicou que, em ações semelhantes lideradas pela Polícia Federal (PF) para reintegração de posse de prédios públicos, por exemplo, é adotado um sistema de uso "progressivo da força".Questionado sobre se há recrudescimento da violência no campo, o ministro disse que há certo agravamento em alguns Estados, mas observou que não poderia comentar o caso específico do Rio Grande do Sul. Ele citou o Pará e o fato de que em alguns Estados do Nordeste há emprego da Força Nacional de Segurança Pública. Tarso participou hoje de evento na superintendência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Rio Grande do Sul para conhecer projeto de monitoramento da BR-116 com câmeras. A PRF quer instalar 21 câmeras fixas em um trecho de 36 quilômetros entre Porto Alegre e Novo Hamburgo (RS). O projeto está orçado em R$ 2,032 milhões. O ministro disse que já tinha recebido uma nota técnica do projeto e comunicou que há recursos disponíveis. Fundo penitenciárioO ministro também comentou o baixo índice de utilização de recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), conforme reportagem publicada hoje no jornal O Estado de S. Paulo - apenas 0,02% da verba de R$ 118 milhões solicitada pelos Estados de janeiro a agosto. Segundo Tarso, quase 90% dos projetos apresentados são devolvidos por falhas. Ele disse que os governos estaduais não tinham verba disponível para construir presídios. Por isso, somente agora estão formando equipes especializadas na elaboração de projetos.

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